sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA



Revolução do 1º de dezembro de 1640
1 de dezembro de 1640
Fim da União Ibérica
Restauração da Independência de Portugal
Início da Dinastia de Bragança




1 de dezembro - 
Dia da Restauração da Independência de Portugal



Esta data relembra a ação de nobres portugueses, que a 1 de dezembro de 1640, invadiram o Paço Real e aclamaram D. João, duque de Bragança, como rei de Portugal.
A Restauração da Independência foi o culminar de um período de grande descontentamento por parte da população portuguesa que não estava satisfeita com a união ibérica, entre Portugal e Espanha. A união ibérica originou problemas à população portuguesa, com sobrecarga de impostos e envolvimento de Portugal nos conflitos de Espanha.
Com a morte do jovem D. Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir, Portugal enfrentou um problema de sucessão. Após o insucesso do Cardeal D. Henrique no comando da monarquia, Portugal foi regido por D.Filipe II, rei de Espanha, durante 60 anos, período que ficou conhecido por Domínio Filipino.

Por que motivo se comemora esta data?
Foi neste dia de 1640 que Portugal voltou a ser um país independente. Se hoje, somos portugueses e não espanhóis, deve-se à coragem de um grupo de pessoas a quem chamaram Os Quarenta Conjurados que resolveu revoltar-se contra o domínio do rei de Espanha que tinha transformado o nosso território numa província espanhola.

Como é que Portugal tinha deixado de ser um país independente?


Rei D. Sebastião


Rei D. Henrique (Cardeal D. Henrique)


Quando o jovem rei D. Sebastião desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir em 1578, sucedeu-lhe o Cardeal D. Henrique que não tinha herdeiros. Após o falecimento deste Cardeal em 1580, Filipe II de Espanha é aclamado rei nas Cortes de Tomar em 1581, dado que era ele que estava mais próximo de herdar a coroa portuguesa por ser neto do rei D. Manuel I. Começa assim o domínio filipino.

O que é o domínio filipino?


Rei D. Filipe I (espanhol)

É o período em que Portugal é governado por três reis espanhóis, todos eles de nome Filipe: Filipe I, Filipe II e Filipe III. Este período decorre entre 1581 e 1640.

O que motivou a população a revoltar-se no dia 1 de dezembro de 1640?
A nossa população estava a empobrecer devido à pressão espanhola sobre o nosso país, a saber:
- Tínhamos deixado de receber os lucros do comércio com outros continentes e países europeus;
- Eram prejudicados os burgueses;
-Os cargos mais importantes no nosso território eram para os espanhóis – eram prejudicados os nobres e o clero;

Rei D. Filipe III (espanhol)

-Toda a população tinha que pagar impostos elevados – todos eram prejudicados, até o povo.

Outras causas que contribuíram para a revolta
- Espanha tinha-se tornado num país muito forte e  com demasiados inimigos, que passaram a considerar o nosso território também como inimigo, a ponto de nos envolvermos em guerras que não eram nossas.
- Outras províncias espanholas pretendiam ser independentes. A mais importante de todas era a Catalunha que fez guerra a Filipe III que, assim, deixou de ter possibilidade de fazer guerra também a Portugal.

Palácio onde se realizou a última reunião

Como foi restaurada a independência no dia 1 de dezembro de 1640?
Em 1640, o rei de Espanha está envolvido na Guerra dos 30 anos e se não tinha forças para  enfrentar a guerra contra a Catalunha, muito menos conseguiria fazer guerra a Portugal.
Aproveitando esta situação, um grupo de nobres decide que o Duque de Bragança é quem merece ser rei de Portugal e resolve fazer reuniões para organizar uma revolta.

Miguel de Vasconcelos é atirado à rua

Assim, no dia 1 de dezembro, por volta das 07:00 horas, um grupo de nobres, os Quarenta Conjurados, invade o palácio real e mata o secretário de estado Miguel de Vasconcelos. A Duquesa de Mântua, que tinha o cargo de Vice-Rainha, é obrigada a ordenar a rendição das forças fiéis ao rei de Espanha.
Por volta das 10:00 horas,  todo o povo de Lisboa adere à revolução e fica a saber que o Duque de Bragança já é rei de Portugal e terá o nome D. João IV.

Todo o país se une à revolução e festeja a RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL.

Coroação de D. João IV

D. João IV





Recordamos-te que, na página do nosso blogue,  podes encontrar livros digitais sobre vários Reis de Portugal.


Para melhor conhecer a história do rei que permitiu que o nosso país se libertasse da dinastia dos Filipes, ler o livro virtual – “D João IV, O Restaurador”







O poema que novos e velhos declamavam ao clarear do dia 1.º de Dezembro.


Salvé o 1º de dezembro de 1640!

Eu gosto de recordar
O dia que ao despontar
Já vi livre a Pátria minha.
Esta Pátria tão ditosa, tão linda e 'valerosa'
Das outras Pátrias, Rainha!

Portugueses, celebremos
O Dia da Restauração
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a Nação.
A Fé nos Campos de Ourique,
coragem, fé e valor.
Os famosos 'de Quarenta' 
Que lutaram com ardor!




Comemoração do 1º de dezembro

No dia 1 de dezembro comemora-se a Restauração da Independência de Portugal. O Grupo de História e a Equipa da Biblioteca assinalam esta data com uma exposição de trabalhos dos alunos e um painel expositivo alusivo a esta temática. Os discentes terão oportunidade de conhecer os livros existentes na biblioteca, relacionados com este tema. 


Retrato de D. João IV, por Avelar Rebelo, em 1643 (Paço de Vila Viçosa)
Na manhã do 1.º de Dezembro de 1640, um grupo de nobres atacou a sede do governo em Lisboa (Paço da Ribeira), prendeu a duquesa de Mântua, e matou ou feriu alguns membros da guarnição militar e funcionários, entre os quais o Secretário de Estado, Miguel de Vasconcelos. 
Os primeiros no assalto foram Jorge de Melo, Estevão da Cunha e António de Melo e Castro. Seguidamente, os revoltosos percorreram a cidade, aclamando o novo estado de coisas, secundados pelo entusiasmo popular.
D. João foi aclamado como D. João IV, entrando em Lisboa alguns dias mais tarde. Por quase todo o Portugal metropolitano e ultramarino as notícias da mudança do regime e do novo juramento de fidelidade ao Bragança foram recebidas e obedecidas sem qualquer dúvida. Apenas Ceuta permaneceu fiel à causa de Filipe IV.
Como “governadores”, para gerirem os negócios públicos até à chegada do novo rei, foram escolhidos o arcebispo de Lisboa, D. Rodrigo da Cunha, o de Braga, D. Sebastião de Matos de Noronha, e o visconde de Vila Nova de Cerveira, D. Lourenço de Lima. 
D. João IV entrou em Lisboa a 6 de Dezembro, cessando nesta data as funções dos “governadores”.

Para saberes mais podes consultar:

Restauração da Independência



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